Fique por dentro dos navegadores mais usados em 2020. Afinal, quanto mais usado, melhor a qualidade do ponto de vista dos usuários. Para descobrir quais são os navegadores mais usados atualmente, a empresa de análise Net Applications realizou um levantamento.

A Net Applications calcula o compartilhamento detectando as cadeias de agentes dos navegadores mais usados para acessar os sites de seus clientes. A empresa conta sessões de visitantes para medir a atividade do navegador.
#1 Chrome
Em junho de 2020 o Chrome, do Google, se uniu ao Netscape Navigator e ao Internet Explorer, da Microsoft, que já dominaram o cenário dos navegadores.
O Google Chrome bateu 70% no mês de junho nos sorteios de compartilhamento de navegador. Ele também estabeleceu outro recorde ao atingir um número mantido por apenas dois outros navegadores na história da web.
Entenda…
Segundo dados publicados recentemente pela empresa de análise Net Applications, a participação do Chrome em junho subiu quatro décimos de ponto percentual, para 70,2%. O navegador está no sexto mês, adicionando 3,6 pontos percentuais à sua conta desde janeiro. O único outro navegador que terminou positivamente o primeiro semestre de 2020 foi o Opera, da Opera Software. Contudo, este ganhou apenas um décimo de ponto nesse período.
O mais notável foi que, ao quebrar a barreira dos 70%, o Chrome se tornou o terceiro navegador a alcançar essa posição dominante. O Netscape Navigator (ancestral do Firefox) dominou os computadores nos anos 90. Contudo, o Internet Explorer, da Microsoft, reinou absoluta na primeira década deste século.
Entretanto, a escalada contínua do Chrome pode não ser sustentável a longo prazo. Afinal, isso exigiria a extinção de pelo menos um rival. Porém, em uma base estritamente linear, o futuro do navegador parece otimista. A última previsão da Computerworld, com base em uma variação média de 12 meses em ações, coloca o Chrome com 71% até setembro e mais de 72% no final do ano.
Ainda assim, o Chrome continua sendo o primeiro entre os navegadores mais usados de 2020.
#2 Edge
A verdade é que o Edge, da Microsoft, será a única ameaça concebível à esmagadora maioria de usuários do Chrome. Isso, se as organizações – empresas e universidades em particular – adotarem seu clone baseado no Chromium. Contudo, isso pode ocorrer devido à sua capacidade de gerenciamento e da possibilidade dos usuários estenderem seu uso no trabalho para seus dispositivos pessoais.
Entenda…
Os dois navegadores da Microsoft, Edge e Internet Explorer, combinaram-se para registrar um aumento raro de compartilhamento. Ou seja, eles elevaram o número combinado de um décimo de ponto percentual em junho para 12,6%.
No entanto, o crescimento foi todo no Edge, que ganhou dois décimos de ponto para atingir 8,1%. Parece pouco, mas trata-se de um recorde para o navegador de apenas cinco anos. Enquanto isso, o IE perdeu metade, diminuindo mais um décimo de ponto para 4,5%. A frase “Dois passos adiante, um passo atrás” tornou-se a taxa literal de mudança da Microsoft.
Os números são confiáveis?
Contudo, a revista Computerworld está convencida de que os números da Net Applications contam apenas uma história parcial. Afinal, é improvável que retratem com precisão o uso dentro de uma empresa. Isso porque, em ambientes corporativos, um único endereço IP externo pode mascarar vários endereços internos.
Portanto, é mais provável que a Net Applications não esteja contando com o IE. Ainda assim, não está claro se a Microsoft ainda vê o IE como uma ferramenta corporativa importante por causa do uso ativo do navegador pelas empresas ou porque um punhado de clientes – clientes muito grandes e importantes – exigiu suporte contínuo. Inclusive, a previsão do IE é que a participação do navegador caia para 1,8% até o próximo ano e, teoricamente, evapore completamente até janeiro de 2022.
Por outro lado, em junho o foi o sétimo mês consecutivo de aumento do Edge. O mês elevou o total de 12 meses para pouco mais de 2 pontos percentuais. Um aumento superado apenas no primeiro ano do navegador, quando ele conquistou aproximadamente 5 pontos.
Desde o final de janeiro, quando o Edge foi lançado, sua participação aumentou 1,1 ponto percentual. Um aumento de quase dois décimos de ponto por mês.
Chromificação do Edge
À primeira vista, isso pareceria validar a decisão da Microsoft de “Chromificar” o Edge adotando o Chromium como base de seu navegador. Essa mudança foi responsável pelo aumento? Possivelmente. Mas não há como saber com certeza.
Embora os cinco meses anteriores ao lançamento do Chromium Edge (setembro a janeiro) tenham adicionado menos ao navegador – apenas sete décimos de ponto – os cinco meses antes (abril a agosto) registraram 1,1 pontos percentuais igualmente bons.
É igualmente razoável supor que a escalada do Edge, antiga ou nova, seja tão devida ao aumento no compartilhamento do Windows 10 quanto a qualquer alteração no próprio navegador. Desde a estreia do Chromium Edge, a participação do Edge em toda a atividade do navegador Windows 10 passou de 12,9% para 13,7%, um aumento de oito décimos de ponto.
Em outras palavras, a maior parte do aumento dos últimos cinco meses do Edge em 8 de 11 décimos, ou 73%, poderia ser atribuída com a mesma facilidade à acumulação do Windows 10. Na atual média de 12 meses, o Edge deve estar em dois dígitos – cerca de 10,1% – até julho de 2021.
Essa realidade faz com o que o Edge se encontre em segundo lugar entre os navegadores mais usados de 2020.
#3 Firefox
Ainda assim, as coisas estão melhorando para a Mozilla. Junho foi o terceiro mês consecutivo em que o Firefox manteve ou aumentou sua participação. O navegador encerrou junho em 7,6%, quatro décimos de ponto em relação aos 7,2% de abril e maio. No final de junho, a participação do Firefox era idêntica ao total de final de fevereiro.
Mesmo com o aumento, o Firefox permaneceu em terceiro lugar, atrás do Edge. Ou seja, o Firefox perdeu seu segundo lugar em março. A diferença entre os dois diminuiu de um décimo de ponto para cinco décimos de ponto percentual. No entanto, é improvável que o Firefox recupere a segunda posição. Afinal, as previsões apontam para uma diferença crescente nos próximos 12 meses.
Entenda…
A mais recente previsão da Computerworld continua a antecipar quedas à frente na navegação da Mozilla. O Firefox não cairá abaixo de 7% até dezembro e daqui a um ano ainda estará acima de 6%. Embora ainda seja desencorajador para os fãs do Firefox, a previsão é menos terrível do que as anteriores.
Mas com esses prognósticos, a diferença entre o Edge e o Firefox deverá aumentar no próximo ano para quase 4 pontos percentuais. Nos dados da Net Applications, o Safari, da Apple, caiu três décimos de ponto, caindo para 3,6%, sua marca mais baixa desde outubro de 2019. Já o Opera permaneceu estável, terminando em junho em 1,1%.
Isso faz com que o Firefox ocupe o terceiro lugar entre os navegadores mais usados de 2020.
Fonte:
IT World