O que é Gerenciamento de Identidade e Acesso (IAM)?

O que é Gerenciamento de Identidade e Acesso (IAM)?

O Gerenciamento de Identidade e Acesso tornou-se uma peça-chave do quebra-cabeça corporativo moderno. Antigamente, a maior preocupação das empresas era proteger a borda da rede, o famoso perímetro, garantindo que ninguém “de fora” entrasse. Hoje, com equipes distribuídas, nuvem híbrida e dezenas de sistemas SaaS, o perímetro tradicional desapareceu. A nova fronteira de segurança é a identidade do usuário.

Não se trata apenas de criar logins ou resetar senhas. Trata-se de garantir que, em um ambiente cada vez mais complexo, a pessoa certa tenha acesso à informação certa, sem abrir brechas para ataques cibernéticos. O IAM (Identity and Access Management) é a disciplina que coloca ordem nesse caos, permitindo que a TI retome o controle sobre quem entra e quem sai dos sistemas da empresa, independentemente de onde a conexão esteja sendo feita.

Neste artigo, vamos explicar como uma estratégia sólida de Gerenciamento de Identidade e Acesso funciona na prática, seus pilares fundamentais e como ela resolve dores latentes da gestão de TI, como a conformidade com a LGPD e a eficiência operacional. Continue a leitura!

O que é e para que serve o Gerenciamento de Identidade e Acesso (IAM)?

O Identity and Access Management (IAM), ou Gerenciamento de Identidade e Acesso, é a estrutura que gerencia o ciclo de vida digital de todos os usuários da sua empresa. Ele define as regras do jogo: quem é você, o que você pode fazer e o que você realmente fez dentro do sistema.

Para muitos, o IAM parece apenas uma ferramenta de TI para criar usuários no Active Directory. Mas sua função estratégica vai muito além. Ele serve para resolver o dilema clássico da segurança da informação: como ser seguro sem ser burocrático?

Se o acesso for muito rígido, o usuário não trabalha e abre chamados o dia todo. Se for muito solto, os dados da empresa ficam expostos. O sistema de Gerenciamento de Identidade e Acesso serve para automatizar e equilibrar essa equação. Ele garante que um novo funcionário tenha todos os acessos prontos no primeiro dia (eficiência) e que, ao ser desligado, todos esses acessos sejam revogados em segundos (segurança).

Leia também: Como aumentar a segurança digital nas empresas?

Pilares de um sistema de Gerenciamento de Identidade e Acesso

Para que essa gestão funcione sem falhas, ela se apoia em quatro pilares essenciais. Entender cada um deles ajuda a visualizar onde podem estar os gargalos da sua operação atual.

Identidade

A identidade é o registro digital de alguém ou de algo. No passado, pensávamos apenas nos funcionários internos (o “usuário de rede”). Hoje, o conceito de identidade expandiu.

Sua empresa precisa gerenciar a identidade do colaborador CLT, do terceiro que presta serviço temporário, do parceiro de negócios que acessa uma pasta compartilhada e até de robôs (bots) e sistemas que conversam entre si via API. O pilar identidade trata de criar uma “fonte única de verdade”: saber, sem sombra de dúvidas, que aquele usuário digital corresponde àquela pessoa física real.

Autenticação

Se a identidade é o “crachá”, a autenticação é o processo de verificar se o crachá é verdadeiro. É a resposta para a pergunta: “Você é mesmo quem diz ser?”.

O método tradicional, baseado apenas em senha, já se provou falho. Senhas vazam, são anotadas em post-its ou repetidas em vários sites. O pilar autenticação se preocupa em provar a identidade de formas mais robustas, validando múltiplos fatores antes de liberar a entrada. É aqui que garantimos que, mesmo se a senha for roubada, o invasor não consiga entrar.

Autorização

Depois que o sistema confirmou quem você é (autenticação), ele precisa decidir o que você pode fazer. Isso é a autorização.

Não é porque um funcionário entrou no prédio que ele tem a chave do cofre. Da mesma forma, não é porque alguém logou na rede que pode acessar a folha de pagamento ou o código-fonte do software. A autorização define o que é permitido fazer: visualizar, editar, deletar ou apenas listar. Uma boa gestão de autorização impede que um usuário comum tenha poderes de administrador, por exemplo, o que é um dos maiores riscos de segurança hoje.

Auditoria

O último pilar é a governança. A auditoria é o registro histórico de tudo o que aconteceu. Quem acessou aquele arquivo confidencial às 23h de domingo? Quem deu permissão de administrador para o estagiário?

Sem auditoria, a TI opera no escuro. Um sistema robusto de IAM grava logs detalhados de todas as ações. Isso é vital não apenas para investigar problemas depois que eles ocorrem, mas para provar para auditores e órgãos reguladores que a empresa tem controle sobre seus dados.

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Benefícios de uma estratégia de IAM para a segurança e conformidade (LGPD)

Implementar o IAM não é apenas “comprar uma ferramenta”. É adotar uma postura estratégica que traz retornos claros para o negócio e tranquilidade para o gestor de TI.

Conformidade com a LGPD e outras regulamentações

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que as empresas protejam dados pessoais e saibam exatamente quem tem acesso a eles. Por exemplo, o uso de planilhas manuais para controlar acessos pode aumentar os riscos de segurança.

Com o IAM centralizado, você consegue demonstrar conformidade rapidamente. Você pode provar que apenas o RH acessa dados sensíveis dos funcionários e que o acesso é revogado imediatamente após a demissão. 

Redução de ataques e do risco de violações de dados

A maioria dos ataques cibernéticos modernos não envolve “quebrar” códigos complexos, mas sim roubar credenciais válidas. Técnicas como credential stuffing (testar senhas vazadas em massa) são bloqueadas eficazmente por uma boa estratégia de IAM.

Ao centralizar a autenticação, você reduz a superfície de ataque. O invasor não tem mais 20 portas diferentes para tentar arrombar (o login do e-mail, do ERP, do CRM); ele tem apenas uma porta principal, que é mais vigiada e protegida.

Aplicação do privilégio mínimo (acesso apenas ao necessário)

Um dos conceitos mais importantes de segurança, alinhado ao modelo Zero Trust, é o princípio do privilégio mínimo. Isso significa dar ao usuário apenas o acesso estritamente necessário para ele fazer o trabalho dele, e nada mais.

Fazer isso manualmente é impossível. Com o IAM, você cria perfis baseados em funções (ex: “perfil vendedor”, “perfil financeiro”). O sistema garante que o usuário receba exatamente o que precisa. Se ele mudar de cargo, o perfil é atualizado automaticamente, removendo os acessos antigos e adicionando os novos, evitando o acúmulo de permissões perigosas.

Maior visibilidade e rastreabilidade

Para o gestor de TI, a maior angústia é não saber o que está acontecendo na rede. 

Com o Gerenciamento de Identidade e Acesso eficiente, você passa a ter visibilidade total: quem está logado, de onde, usando qual dispositivo. Se uma conta do financeiro tentar logar vinda de um país suspeito no meio da madrugada, o sistema alerta ou bloqueia. Essa rastreabilidade permite reagir a incidentes em tempo real, em vez de descobrir o problema meses depois.

Leia também: Serviços de TI essenciais que toda empresa deveria ter

Como uma empresa de TI pode fazer o Gerenciamento de Identidades e Acessos na sua empresa?

Implementar Gerenciamento de Identidades e Acessos sem erros exige planejamento antes da ferramenta. O erro mais comum é comprar um software e tentar encaixá-lo em processos bagunçados.

Uma consultoria especializada, como a oferecida pela Infonova, segue um roteiro seguro:

  1. Mapeamento: entendemos quem são seus usuários e o que eles acessam hoje.
  2. Limpeza: removemos contas antigas, duplicadas ou de ex-funcionários que ficaram esquecidas.
  3. Definição de papéis: criamos a “matriz de acesso”, definindo o que cada cargo pode fazer.
  4. Automação: só então implementamos a tecnologia para automatizar o ciclo.

Fazer isso sozinho, enquanto cuida do suporte do dia a dia, é receita para falhas. Ter um parceiro externo garante foco e metodologia.

 

Torne sua empresa mais segura com a Infonova

Gerenciar identidades não é apenas uma tarefa técnica; é a base da confiança na sua empresa. Quando você sabe exatamente quem acessa seus dados, você ganha tranquilidade para inovar e crescer.

Sabemos que para o gestor de TI, que já tem muitas responsabilidades, assumir mais esse projeto parece desafiador. Mas a alternativa — lidar com acessos manuais, senhas em planilhas e o risco constante de vazamento — é muito mais custosa.

A Infonova está aqui para ser o seu braço direito nessa jornada. Nossa abordagem une a expertise técnica necessária para configurar ambientes complexos (Zero Trust, integrações, nuvem) com o atendimento humano que entende o seu momento e as suas necessidades de negócio.

Não deixe a segurança da sua empresa depender da memória ou de processos manuais.

Vamos conversar sobre como proteger suas identidades? Fale com a equipe da Infonova e descubra como podemos estruturar o acesso da sua empresa de forma segura, moderna e sem dor de cabeça!

FAQ

Qual a diferença entre IAM e Autenticação Multifator (MFA)?

Muitos confundem a parte com o todo. O MFA (Multi-Factor Authentication) é uma ferramenta de segurança; o IAM é a estratégia completa.

Imagine um banco. O MFA é a porta giratória com detector de metais. O IAM é todo o sistema do banco: a abertura da conta, a definição do seu limite de crédito, o caixa que te atende e o gerente que autoriza transações. Você pode ter MFA (a porta) sem ter um bom gerenciamento interno, mas um bom IAM obrigatoriamente usa o MFA como uma de suas camadas de proteção.

Empresas pequenas também precisam de IAM?

Sim. O mito de que gestão de identidade é coisa de multinacional já caiu. PMEs são alvos frequentes justamente porque os criminosos sabem que os controles costumam ser manuais e falhos.

A boa notícia é que as soluções modernas de IAM baseadas em nuvem democratizaram o acesso. Hoje, uma empresa com 30 ou 50 funcionários já pode ter um controle de identidade profissional, pagando por usuário, sem precisar investir milhões em servidores complexos. Na Infonova, ajudamos empresas de médio porte a implementar essas soluções de forma dimensionada para a realidade delas.

O que é provisionamento de usuário no IAM?

Provisionamento é o termo técnico para “entrada e saída”. É o processo de criar a conta, configurar o e-mail, liberar o acesso às pastas e entregar as licenças de software.

Com o IAM automatizado, isso é prático. O RH cadastra o funcionário novo no sistema de folha de pagamento e, automaticamente, o IAM cria o e-mail e os acessos. O funcionário chega e já está tudo pronto. Isso elimina aquele ticket de suporte clássico: “João começou hoje e está sem acesso”. Além de melhorar a experiência do usuário, libera a equipe de TI de tarefas repetitivas e manuais.

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Perguntas
frequentes

Nós falamos com o seu fornecedor atual e colhemos todas as informações necessárias diretamente com eles. Também podemos fazer o mapeamento de todas as informações diretamente na sua empresa.

SIM, é possível melhorar a qualidade e o desempenho e ainda reduzir custos. Essa eficiência é possível graças ao sistema de melhoria contínua que aplicamos há anos.

SIM, o time interno pode ser absorvido, com os profissionais se tornando colaboradores da Infonova.

SIM. Em conjunto com seu departamento, ou consultoria jurídica, ajudamos a implantar as ações de TI necessárias para adequação da LGPD.

A transição pode ocorrer com ou sem o apoio do fornecedor atual. A Infonova vai mapear todas as informações, identificar os itens críticos e realizar a transição de forma segura, sempre em alinhamento com o cliente.

Em geral é rápida. O tempo exato depende de cada situação. O prazo mais comum de transição em paralelo é entre 1 semana e 15 dias.

NÃO. Temos soluções para empresas de 10 a 2.500 colaboradores. Desenvolvemos uma metodologia para atender empresas em diversos segmentos, em situações de crescimento ou retenção.

Temos diversas soluções para proteger o acesso de usuários que ficam externos ou em home office.

SIM, trabalhamos com os principais provedores de nuvem e possuímos um datacenter próprio.