Por muito tempo, a briga entre processadores mais baratos, mais rápidos ou mais confiáveis, sempre esteve em pauta entre AMD e Intel. Hoje porém, a Intel conseguiu através dos processadores atuais, avançar e muito em questão de processamento e consumo elétrico, e, por assim dizer, emissão de calor.
Um processador Core 2 Duo ou Core 2 Quad, por exemplo, mesmo que tenha seus modelos top de linha que chegam a ultrapassar novos processadores da linha i3 e i5 e até alguns i7, até de 3ª geração, consomem muito mais energia do que as novas plataformas.
Mesmo que haja uma placa mãe com 2 Core 2 Quad Extreme por exemplo, até poderia chegar ao poder de processamento de um Core i7 de terceira ou quarta geração tranquilamente, mas o consumo elétrico seria maior.
Como assim, um processador antigo pode ser tão rápido como os atuais?
Simples, a Intel não divulga mais a quantidade de transistores dentro de cada processador a partir da linha “i”, para não revelar o real poder de processamento, mas alguns modelos da plataforma antiga são tão rápidos quanto, e, como alguns sabem, não há gargalo de barramento na placa mãe, pois todos os controladores de memória, DMA, e outros recursos, estão presentes no chipset da placa mãe e não no processador, por isto uma GTX em um computador com “processador antiquado” ainda consegue rodar bons jogos.
Vamos aos detalhes, você quer montar uma máquina, mas quer economizar muito dinheiro, mas é para jogar? E muitas pessoas falam que é melhor AMD, certo? De um lado, sim, principalmente porque a AMD também depende da placa mãe para executar recursos, e, também não tem este problema de barramento.
O que mais afeta em jogos, com certeza, é sua memória RAM (DDR3, dual-channel) e a versão do barramento PCI e que sua placa mãe suporta, em plataformas que não tem o controlador integrado ao processador (todos, exceto todos da linha “i”).
Não faz sentido você ter uma GPU precisando de alguns dados e instruções da CPU apenas para questões de programação não otimizados pelos programadores, necessitar de uma interrupção direta a memória RAM, e esta também passar pela CPU.
Todo software executável em uma máquina, precisa de um espaço em memória RAM tradicional para ser executado, a área onde fica o código binário de execução, precisa ficar residente nesta memória, não fica na memória RAM da placa de vídeo. Esta, ficam informações de vídeo, não de programação, salvo claro, informações de processamento baseado em OpenCL ou Cuda; mas o programa em si, o “exe”, precisa de memória RAM, e se houver DMA (Direct Memory Access), a entrega dos dados para a placa de vídeo, sem passar pela CPU evita gargalos, e aumenta o FPS (frames per second).
A Intel sempre foi conhecida como uma empresa que produz com confiabilidade seus processadores, é difícil ver um processador desta empresa “queimado”, isto realmente é muito difícil, pois são muitos os componentes internos que evitam que isto aconteça.
Como referência, sempre utilizo o site http://cpubenchmark.net/, nele é possível comparar o poder de processamento de inúmeros testes que são realizados por um software chamado PassMark, que é comumente utilizado para testar hardware, e o mesmo divulga características do computador para o site online, para mensuração global de um ranking compartilhado de processadores.
Comparativos
Numa análise detida apenas aos processadores mais recentes das duas marcas, os Kaby Lake da Intel e os Ryzen da AMD, há uma grande equivalência de tecnologias: altas frequências, grande quantidade de núcleos, oferta de tecnologias como cache, Hyper Threading, turbo, suporte ao DDR4 e etc., equiparam a compatibilidade dos processadores de AMD e Intel com os padrões e interfaces mais recentes.
Um ponto forte da AMD historicamente sempre foi a capacidade de oferecer seus produtos a uma faixa de preço inferior à praticada pela Intel. Essa tendência não deixou de ser verdade mesmo nos tempos mais sombrios da última década: ainda que inferiores tecnicamente, os produtos da Advanced Micro Devices sempre são mais baratos. Mas, no momento, quem procura comprar os novos e badalados processadores da marca terá surpresas desagradáveis nesse departamento.
Vamos aos números: o FX 8350 é um dos tops de linha da geração FX de processadores da AMD e sai em torno de R$ 700. O Core i7 7700 não sai por menos de R$ 1.200. Para ficar mais justo, vamos comparar com um processador contemporâneo, o FX 8350: Um Core i7 3770, de 2013, pode ser encontrado por volta de R$ 1.000.
Os novos Ryzen da AMD chegaram ao Brasil e seus preços ainda são altos: o Ryzen R7 1800X é anunciado no país em torno de R$ 1.800. Seu rival direto para comparação entre as opções da Intel é o Core i7 6900K disponível por quase R$ 5 mil no país. O Ryzen R7 mais em conta é o 1700 (com 8 núcleos/16 threads e 50% mais desempenho em multitarefa), que sai em torno de R$ 1.200 – mesmo preço do Core i7 7700K (4 núcleos/8 threads).
Isso não significa que a AMD perdeu a mão na arte de oferecer processadores mais baratos: no exterior, as diferenças de preço são grandes e motivaram a Intel em diminuir sensivelmente os valores para disputar espaço com a concorrente. Os preços altos dos Ryzen no Brasil ainda são reflexo do lançamento recente.
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