Um dos principais fatores ao decidir se manter ou substituir sistemas legados é determinar o custo. Contudo, nem sempre é fácil identificar os custos ocultos de sistemas legados, então, confira a seguir os cinco principais e fique atento.
Os CIOs estão presos em uma necessidade constante de equilibrar tecnologias, sistemas e processos antigos e novos. Por um lado, para abraçar o novo, eles precisam ajudar sua organização a abordar novas oportunidades, lidar com desafios ou melhorar a eficiência. Entretanto, por outro lado, para se comprometer com a tecnologia existente, eles devem potencializar os processos existentes e obter o valor total dos investimentos anteriores em hardware, software e equipe, incluindo os custos de manutenção de sistemas legados.
Em algum lugar ao longo da linha, “o sistema existente” muda imperceptivelmente para ser “o sistema legado”. Não é simplesmente uma questão de não ser mais o mais novo, o mais rápido e o melhor. Afinal, a maioria das ofertas deixa de ser essas coisas poucos meses após o lançamento. Contudo, alguma combinação de distância do estado da arte ou a abordagem do fim da vida oficial e a cessação de atualizações funcionais significativas resolvem o problema.
Então, diante de um sistema legado, seja hardware ou software, que ainda é funcionalmente viável, o que um CIO deve fazer? É fácil dizer, “contanto que seja mais barato executar o sistema legado do que adquirir algo mais novo e melhor e continuar a lucrar com o investimento original.” A verdade é que pode ser mais difícil contabilizar totalmente os custos ocultos dos sistemas legados.
Aqui estão cinco dos custos ocultos de manutenção de sistemas legados que qualquer CIO deve ter em mente:
1. Manutenção
Este é o mais fácil, porque há uma fatura a cada ano, seja do fornecedor original ou de alguma loja de reposição. No entanto, lembre-se de que esses custos geralmente diminuem por um tempo conforme um produto se aproxima do fim da vida útil. Ou seja, conforme as peças sobressalentes se tornam mais disponíveis quando a maioria dos usuários vende matrizes de armazenamento antigas ou sistemas de telefone. Entretanto, esses custos também aumentam de forma constante, às vezes acentuadamente depois, como quando esses estoques de peças acabam.
2. Custos ambientais
Na maioria das vezes, um novo sistema capaz de realizar uma determinada tarefa será menor, consumirá menos energia e gerará menos calor do que um sistema legado fazendo esse trabalho. Inclusive, os data centers deixados com fileiras empoeiradas de racks vazios na sequência da massiva virtualização de servidor em novas gerações de hardware ou migração de cargas de trabalho para a nuvem demonstram esse princípio em ação.
Portanto, a modernização pode não apenas diminuir os custos de energia, mas também permitir o downsizing das infraestruturas de refrigeração e energia.
3. Custos de pessoal
Quanto mais antigo for um sistema legado, menos comum será o conhecimento necessário para operá-lo e mantê-lo. Isso pode se transformar em uma necessidade de pagar salários excepcionalmente altos para funcionários com conjuntos de habilidades antigas e raras. Ou isso, ou gerar uma necessidade de pagar para ter novos funcionários treinados na plataforma legada, o que pode significar um custo indireto para os próprios funcionários. Afinal, eles precisariam usar seu tempo para adquirir habilidades na vanguarda da curva da tecnologia. Isso também pode se traduzir na necessidade de manter uma equipe maior.
4. Dívida técnica
O outro lado dos custos associados à manutenção de uma equipe qualificada nas operações de um sistema legado é o custo de não fazê-lo. Ou seja, de permitir que o conjunto geral de habilidades da equipe diminua com o tempo e o débito técnico seja acumulado. Isso é ruim porque pode resultar em crises, contas de consultoria ou ambos.
Vale ressaltar que uma crise é quando surge um problema que afeta o serviço e os funcionários devem aprender como resolvê-lo no momento, o que geralmente prolonga o evento. Ou, para tentar acelerar a resolução do problema, a empresa pode ter que pagar consultores para corrigir temporariamente as habilidades ausentes. Contudo, muitas vezes os custos dessa consultoria são bastante altos em comparação com a equipe interna. Na pior das hipóteses, a equipe interna pode tentar e falhar em preencher as lacunas em sua habilidade, prolongando, portanto, o intervalo antes que o talento externo seja trazido.
5. Custos de oportunidade
Isso pode ser difícil de quantificar de qualquer forma, exceto retrospectivamente. Assim como os membros da equipe experimentam custos de oportunidade individuais quando dedicam tempo para dominar sistemas antigos em vez de sistemas emergentes, as empresas também podem experimentar custos de oportunidade ao se apegar a sistemas legados.
Afinal, uma empresa que amarra muitos de seus recursos em um sistema legado pode não ter a capacidade de investir em espaços de tecnologia emergentes, como IA e IIoT. E isso lhes custará não apenas novos fluxos de receita ou eficiências aprimoradas que poderiam vir de projetos que giram em torno dessas novas tecnologias. Na verdade, também lhes custará a experiência que desenvolveriam e poderiam então aplicar a outras oportunidades no futuro.
Certamente, pode ser irresponsável e míope atualizar os sistemas antes que haja uma necessidade comercial ou oportunidade de justificar o custo. No entanto, pode ser tão irresponsável e míope se apegar por muito tempo a um sistema na vanguarda de uma onda de tecnologia. Portanto, os CIOs precisam fazer uma avaliação eficaz e completa dos custos totais e ocultos de manutenção de sistemas legados para equilibrar os custos de adoção do novo na tomada de decisões.
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