A importância da gestão de risco em TI

A importância da gestão de risco em TI

A gestão de risco em TI visa evitar o desperdício de recursos e aumentar a efetividade dos processos. Dessa forma, é possível assegurar a realização de ações preventivas sempre que necessário. Além disso, a gestão de risco também viabiliza a criação de uma estratégia de gerenciamento de riscos envolvidos em falhas de segurança ou sistêmicas.

Ou seja, identificar, monitorar, analisar e oferecer soluções a eventuais riscos de um projeto são fatores que facilitam a gestão. No entanto, realizar uma boa gestão de risco em TI envolve muitos aspectos que devem ser trabalhados individualmente.

Portanto, é importante ressaltar que os riscos são consistem em três fatores principais:

  1. Evento (Risk Event);
  2. Probabilidade (Risk Probability);
  3. Montante arriscado (Amount at Stake).

Com isso em mente, deve-se considerar que o risco em um projeto pode ser analisado de duas maneiras: análise qualitativa ou quantitativa.

Na análise qualitativa, busca-se aprimorar o entendimento do projeto. Com isso, viabiliza-se identificar alternativas viáveis em sua execução, melhorar a comunicação entre stakeholders e participantes, potencializar as chances de sucesso, analisar riscos e seus impactos. Ou seja, nesse modelo, trabalha-se com a lista dos riscos já identificados.

Já na análise quantitativa, analisa-se numericamente eventuais efeitos dos riscos nos objetivos do projeto. Ou seja, considera-se a exposição do projeto aos riscos identificados na análise qualitativa.

Etapas da gestão de risco em TI

Para se realizar uma gestão de risco de TI assertiva, é necessário seguir algumas etapas fundamentais.

Contexto

Antes de qualquer coisa, é preciso elencar os riscos com base na origem dos problemas. Ou seja, se são de natureza interna ou externa. Portanto, entender o contexto no qual a gestão de risco está envolvido é essencial.

Por exemplo, problemas de governança, falta de recursos e falhas nas estruturas tratam-se de problemas internos. Em contrapartida, os problemas externos consistem em circunstâncias culturais, econômicas ou até mesmo políticas.

Capacitação

Após avaliar o contexto, o gestor de TI deve focar na capacitação de sua equipe. Afinal, alguns dos problemas internos podem ser facilmente sanados se o responsável tiver o conhecimento necessário. Além disso, funcionário bem treinados e atualizados sabem utilizar novas ferramentas, reduzindo os riscos.

Vale ressaltar que o treinamento pode ser presencial ou online. O importante é que haja apoio e investimento por parte do RH da empresa. Isso porque essa estratégia também ajuda a engajar ainda mais os colaboradores, que se sentem apreciados e reconhecidos pela empresa.

Vulnerabilidades

Com um contexto bem definido e pessoal capacitado, é hora de identificar as vulnerabilidades existentes. Elas podem consistir em falha ou suscetibilidade, acesso ao elemento problemático e capacidade de explorar a situação.

Ao analisar esses três pontos delicados, é possível planejar um plano de contingência para eventos futuros.  Entre as principais vulnerabilidades destacam-se:

  • Hardware e software: estes compõem o núcleo da TI ao englobar sistemas e equipamentos. Demanda dimensionamento de máquinas e da rotina de manutenção preventiva, além de atualizações frequentes. Dessa forma, é possível prevenir ataques de hackers;
  • Ameaças naturais: elas são difíceis de prever, mas vale a pena averiguar se o local de instalação das máquinas é propenso a sofrer com enchentes. Além disso, checar se o local possui proteção contra incêndios também é essencial;
  • Estrutura física: este consiste em verificar se a infraestrutura física da TI está desgastada ou comprometida de alguma forma;
  • Recursos humanos: embora importante, é uma vulnerabilidade que não costuma ser considerada. Contudo, um colaborador que não tenha sido devidamente treinado pode causar perda de informações críticas, mesmo que sem querer.

Com isso, ao se considerar todos esses aspectos, o gesto de TI poderá diagnosticar todas as vulnerabilidades de forma mais precisa.  Isso, por sua vez, levará a um planejamento de gestão de risco mais assertivo.

Análise
Identificadas as vulnerabilidades, deve-se avaliar seu potencial destrutivo. Para isso, o gestor precisa segmentar os riscos conforme seu grau de ameaça. Essa classificação pode ser feita como baixo, médio ou alto impacto. Ainda assim, também é possível classificar os riscos conforme a probabilidade deles ocorrerem de fato. Essa estratégia ajuda o responsável a identificar a urgência de cada problema.

Plano de teste

Para assegurar a eficiência da gestão de TI, realizar testes é essencial. Afinal, sua finalidade é justamente identificar e sanar falhas. Ou seja, ao adotar essa medida, previnem-se atrasos custos inesperados por conta de erros sistêmicos.

Contudo, o plano de testes precisa ter um cronograma para ser executado de maneira eficiente. Idealmente, ele deve ser automatizado para que a análise ocorra em tempo real. Afinal, dessa forma a identificação de falhas se torna mais rápida, tal como a implementação de uma solução ao problema.

Contingência

Mesmo após a etapa de testes, é preciso ter um  plano de contingência para o caso das falhas de fato ocorrerem. Isso porque contar com alternativas para solucionar problemas pode economizar tempo e mitigar danos. Um exemplo é restringir acessos aos usuários quando for identificada uma vulnerabilidade causada por mau uso por parte dos funcionários.

Monitoramento

O monitoramento da TI é um aspecto importantíssimo para assegurar o desenvolvimento do negócio. Em relação à gestão de riscos, esse monitoramento se torna ainda mais crucial. Isso porque ele permite acompanhar dispositivos, sistemas ou KPIs, viabilizando uma redução considerável nos riscos sistêmicos e de processos críticos para a empresa.

Principais erros na gestão de riscos em TI

Essas etapas da gestão de riscos em TI devem ser adotadas em empresas de qualquer segmento ou tamanho. Mas além delas, é interessante que o gestor de TI conheça os principais erros cometidos nessa área.

Ruído na comunicação interna

Quanto maior a transparência, melhor a comunicação entre os membros da equipe. Ou seja, cabe ao gestor ser o mais claro possível em relação aos aspectos do trabalho para garantir que os profissionais de TI atuem assertivamente.

Trabalho de equipe falho

Quando as práticas da gestão de riscos em TI não chega a todos os ambientes da empresa, ela falha. Ou seja, é imprescindível alertar todos os colaboradores acerca de riscos e ameaças em geral. Além disso, procedimentos de segurança também devem ser adotados por todos os setores.

Falta de planejamento

Conforme explicado acima, a gestão de riscos em TI demanda um planejamento assertivo para funcionar. Além disso, o gestor precisa ser capaz de se adequar a novas situações que venham a surgir, adaptando o planejamento original de forma a atender novas demandas.

Ganhos para a empresa

Quanto mais informações um gestor tem acerca de seu negócio, melhores serão as decisões tomadas. Isso não é diferente na gestão de riscos em TI. Ao ter pleno conhecimento das vulnerabilidades de sua TI, o gestor consegue tomar decisões assertivas que de fato resultam em ganhos financeiros para a organização. Seja por meio da redução de custos ou por conta do aumento na produtividade.

Ou seja, ao se evitar atrasos na entrega de produtos, serviços ou projetos por meio de uma infraestrutura de TI funcional, a empresa ganha reconhecimento, boa reputação e dinheiro.

Ainda assim, é importante enfatizar que cada empresa precisa desenvolver seu próprio modelo de gestão de riscos em TI. Isso porque o perfil da empresa deve ser considerado na elaboração deste modelo. Para tomar a decisão mais acertada, um gestor pode tanto escolher usar ferramentas existentes no mercado ou contratar uma empresa terceirizada.

No segundo caso, a provedora de TI poderá realizar tanto a gestão de riscos em si quanto o monitoramento da TI em regime 24×7. Dessa forma, o gestor de TI da empresa contratante fica livre para focar em demandas de cunho estratégico para o negócio ao invés de questões operacionais cotidianas.

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